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Introdução a cannabis medicinal

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Barbara Cury Soubhia Salman

04 abr |

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Assunto polêmico ainda no Brasil, o uso do Canabidiol como fonte medicinal tem ganhado cada vez mais espaço, pesquisas realizadas em todo o mundo, constataram que os canabinoides são grandes aliados nos tratamento de pacientes com doenças diversas.

Conhecido mais popularmente o CBD (canabidiol) faz parte de um conjunto formado por mais de 80 substâncias medicinais extraídas da cannabis, no entanto, ele é um dos compostos mais utilizados e abundantes que a planta oferece.

Estas substâncias medicinais encontradas na planta são chamadas de canabinoides. O uso dos canabinóides com potencial terapêutico é considerado cada vez mais assertivo.

O organismo do ser humano possui um sistema chamado endocanabinoide. Os canabinoides trabalham nesse sistema e por esta razão tem capacidade de regular uma série de ações bioquímicas.

O sistema endocanabinóide funciona como um importante aliado nesta regulação e proporciona equilíbrio em vários processos fisiológicos do nosso corpo. Ele oferece as condições naturais para que o organismo se favoreça das propriedades medicinais da cannabis no enfrentamento de uma série de patologias.

É o sistema endocanabinoide que ajuda a regular vários processos fisiológicos do nosso organismo, como apetite, dor, inflamação, termorregulação, pressão intraocular, sensação, controle muscular, equilíbrio de energia, metabolismo, qualidade do sono, resposta a estresse, motivação/recompensa, humor e memória.

Através dos receptores CB1 e CB2,os canabinoides podem se ligar, bloquear ou moldar a atividade destes receptores, produzindo assim os efeitos terapêuticos desejados.

Algumas doenças que já podem ser tratadas pelos canabinoides: Parkinson; Alzheimer; Autismo; Esclerose múltipla; Dores crônicas; Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT); Sintomas relacionados ao Câncer; Epilepsia; Transtornos psiquiátricos; Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC); Doenças autoimunes.

A medida que envelhecemos a produção de endocanabinoides e receptores endocanabinoides no nosso organismo diminui.

Processos inflamatórios, transtornos neuropsiquiatricos e até dores crônicas se tornam mais comuns conforme a idade avança. Resultado do desequilíbrio do sistema Endocanabinoide, por isso, o uso da Cannabis medicinal tem se mostrado promissor.

O uso dos canabinoides tem mostrado efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes em pacientes da terceira idade principalmente no enfrentamento de doenças como:

Hipertensão arterial: um estudo feito em pacientes com mais de 60 anos e pressão arterial alterada mostrou redução nos indicadores nas primeiras 24h durante os 3 meses de estudo, e o melhor, sem alterações metabólicas.

Insônia e falta de apetite: O THC, tetrahidrocanabinol, tem função importante para auxiliar pacientes com câncer e doenças neurodegenerativas que tem dificuldade em se alimentar.

Além disso, essa mesma substância age para melhora na qualidade do sono proporcionando mais qualidade de vida para os idosos.

Alzheimer e Parkinson: Existem diversos estudos que comprovam a utilização da Cannabis Medicinal no tratamento a essas duas doenças degenerativas.

Espasticidade: caracterizada pelo aumento de contração muscular involuntária, capaz de acometer diversas partes do corpo, e pode dificultar que a pessoa execute tarefas triviais. Esse distúrbio pode aparecer com mais frequência em algumas doenças como a paralisia cerebral, lesão medular, e lesão encefálica, adquiridas por diferentes causas, que podem ser de origem traumática, tumorais, vasculares, infecciosas e degenerativas.

Dor crônica: Atuando na melhora da intensidade da dor e contribuindo para o aumento da tolerância à dor, melhorando a qualidade vida e bem-estar. Exemplos de dores: neuropáticas; fibromialgia; dor (e espasticidade) em esclerose múltipla; dor em lesão medular; dor oncológica e como coadjuvante para melhora do humor e sono.

Pesquisas comprovaram que os fitocabinoides THC e CBD tem alto poder para combater o estresse oxidativo e atividade antioxidante em menor impacto. Os dois são potenciais antioxidantes, que podem ser desenvolvidos como novos fármacos visando a terapêutica do estresse oxidativo.

Pesquisas científicas revelaram que quanto mais envelhecemos, menos substâncias endocanabinoides nosso organismo produz, assim como também é menor a quantidade dos receptores endocanabinoides desregulando várias funções.

Pessoas com baixos níveis de endocanabinoides apresentam maior chance de desenvolver doenças inflamatórias e do Sistema Nervoso Central, como enxaqueca, fibromialgia e síndrome do intestino irritável.

Os estudos revelaram que os efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes dos fitocanabinoides e dos terpenos da Cannabis na terceira idade, proporcionam melhora significativa para esses pacientes nos mais variados contextos patológicos, como Dores crônicas, Alzheimer e Parkinson, Inapetência e insônia E Hipertensão arterial.

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